Um quase nocaute. É momento de tristeza, angústia e até desmotivação, porém somos fortes e superaremos tudo. Baixar a cabeça e ficar a se lamentar é próprio dos fracos. E nós torcedores do leão somos fortes. Façamos como os torcedores dos outros times: EU AINDA ACREDITO.
Mas mudanças ainda podem ocorrer na classificação da série “B”? Claro que é possível. A rodada neste final de semana se iniciou com o Sport apenas pensando em cumprir sua parte. E fez. Todavia, dependia de resultados combinados e improváveis. Improváveis?
Ao final da rodada o que se viu foi o Bragantino perder em casa para o ASA, o pior visitante da série “B”, e o nosso glorioso Vitória permitir a “virada” de um natimorto São Caetano, no fim de jogo e em frente ao nosso ilustre treinador, que a tudo assistia. E com estes resultados o Sport passou Bragantino e Vitória e hoje está no G4.
Quem assistiu aos jogos pode notar que o Bragantino foi surpreendido pelo ASA. Muita marcação e saídas rápidas. Mas o goleiro também fez sua parte. Houve instantes em que o desespero do Bragantino quase provoca o segundo gol do ASA.
E o Vitória? Em dado momento do jogo chegara à terceira colocação. Vencia o São Caetano, e ainda o assistente anulara gol legítimo, o ASA vencia o Bragantino, o Boa vencia o Náutico e o ABC vencia a Ponte Preta.
O ato do assistente ao anular gol legítimo acarretou um dano irreparável ao Vitória. Ao agir assim, devia o clube processá-lo, ou a CBF que o contratou para o jogo, haja vista não ser seu funcionário, mas não há amparo legal para esta situação no âmbito da competição esportiva. Via de regra, ocorre a chamada “geladeira”, por certo tempo.
Mesmo que comprovado o prejuízo, com os resultados naquele momento, o ASA não mais corria risco de cair para a terceira divisão. O Vitória jogaria no próximo sábado contra um time desmotivado e com dois pontos e uma vitória a mais que seus atuais concorrentes. Parecia que tudo caminhava para a série “A”. Parecia.
No segundo tempo houve novidades, mas não tão-somente a mudança de camisa do São Caetano (iniciou o jogo com camisa branca e voltou de camisa azul). A postura de ambos também. Foram dois ou três gols anulados do São Caetano, pois os atletas estavam impedidos. Mas ficou evidente que algo estava errado. Em dado momento Coruja parecia perdido em campo. Em verdade estava cansado. Saiu. E quem entrou? Zé Luiz que não jogava fazia um tempão.
Sensato seria entrar o zagueiro Maurício. Contudo o treinador fez entrar um jogador sem a capacidade técnica para exercer a função de Coruja, que se mantinha na cobertura da zaga, quase um zagueiro. Lamentável.
Antes, na saída de Xuxa, que nem devia começar jogando, colocou Felipe, em vez de jogador mais experiente para situação daquele jogo. Alguém que pudesse “fazer o tempo passar”, como já fizera o treinador, com a entrada de Lúcio Flávio no jogo com o Criciúma, em razão de Gilberto não ter correspondido, sob este aspecto. Ninguém entende a incoerência de Benazi, ao longo de sua passagem pelo clube.
Estes fatos acima citados foram comentados durante o jogo por torcedores. Além disso, o gol de empate foi muito semelhante ao gol também de empate do São Caetano no primeiro turno. Cruzamento na entrada da grande área para ser desviado. Naquela oportunidade foi Geraldo que cabeceou errado, o que permitiu ao atacante fazer o gol. Agora, foi o próprio atacante que se antecipou a Charles, para cabecear e gol. E tudo sob os olhares do treinador.
Pouco depois, Zé Luiz, aquele que não devia entrar, perdeu a bola na entrada da área do Vitória e sob os olhares dos zagueiros o atacante do São Caetano chutou e gol.
Nesses momentos é que se nota a diferença na qualidade dos profissionais. Benazi se mostrou muito inseguro em diversas oportunidades. E a torcida e a imprensa há muito pedia a sua saída. E a razão também era esta.
Os 38.752 (34.742 pagantes) torcedores do Vitória que estiveram presentes hoje no Barradão e nem os milhares que assistiram pela televisão não merecem dirigentes surdos aos gritos das ruas. E a torcida do Vitória é bonita demais. Não merecia o que aconteceu. Esta Diretoria não reflete a grandeza de sua torcida. Mas ainda há esperança? Claro que sim. Pelo menos os jogadores que ficarem tenham dignidade de lutarem pelo triunfo contra o ASA. Espero que sem Benazi.
O torcedor do Vitória viveu dois momentos distintos e ambos relacionados ao jogador Marquinhos. O primeiro quando este atleta jogou muito mal e com certa negligência e aparente desinteresse. Pulava mais que pipoca. O segundo foi a mudança total desse mesmo Marquinhos. O cara passou a jogar muito e desequilibrou em favor do clube. Sua ausência hoje foi muito sentida. Poder-se-ia liquidar o jogo, ainda no primeiro tempo.
Isto é passado. Há de olhar-se com olhos mais adiante. Vamos iniciar a próxima rodada na mesma situação que o Sport começou a que se encerrou hoje, com um elemento complicador a mais: O ASA vai com tudo para cima, pois se perder pode ainda cair para a terceira divisão, enquanto nossos adversários jogam com times sem qualquer motivação.
O primeiro é fazer a nossa parte, se Benazi não atrapalhar, acaso ainda seja treinador do clube. Depois é torcer para que o Sport não vença o Vila Nova (rebaixado), em Goiânia, e o Bragantino não vença o Paraná (corre ainda leve risco de cair), em Curitiba. Tarefa muito difícil? A maior parte que poderia nos favorecer, ocorreu. Faltou cumprir o que nos cabia. Falhamos. Senhor do Bonfim que nos ajude. E ele vai ajudar, tenho certeza.
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