sábado, 24 de março de 2012

Bicicleta assassina


A imprensa divulgou que maclaren que pertence a Thor (o Deus terráqueo e não o Deus do Trovão) atingiu ciclista e o matou.

A foto do veículo após o acidente, divulgada pela imprensa, impressiona. Mais parece que atingiu um caminhão ou, pelo menos, veículo de grande porte.

Alguns dias depois do acidente noticiava-se que a culpa deveria ser do ciclista que seguia pela pista de rolamento. Isto por conta de declarações do delegado do caso. E sem perícia???

Agora se encontra álcool no corpo do morto. Tudo muito rápido.

Isto não ampara alguém que já teria atropelado outro ciclista; conta com cinqüenta e um pontos na carteira, parte deles ainda no período em que recebera a carteira de habilitação provisória.

Nem devia dirigir, ao que parece.

E mesmo que o indivíduo estivesse embriagado devia o motorista ser cuidadoso, especialmente pela quantidade encontrada no corpo, segundo as notícias, porque se o ciclista estivesse com tanto álcool no organismo demonstraria a qualquer um condutor atento o estado do mesmo, antes do atropelo fatal.

E adentrou o ciclista àquela pista, se ocorreu da forma contada, naquele momento em que o motorista atropelador passava ou já pedalava fazia algum tempo? A polícia esteve no local  em que o atropelado fizera compras, para saber se bebera? O local do acidente fora preservado? Em qual distância foi arremessado o corpo? E a razão de não haver problemas antes daquela hora fatal, se já pedalasse? Qual o percurso? Qual o tempo entre a saída do local das compras e o acidente? De onde veio Thor e para onde se dirigia? Estava atrasado? E o renomado Doutor Thomás em caso de acidente de trânsito? Poder-se-ia perguntar por dois ou mais dias. E respostas por mais três ou quatro.

Mas o delegado concluiu em espaço de tempo ínfimo e divulgou na imprensa. E nem perícia no veículo ou na bicicleta se divulgou, se é que existiu.

Se mais nada se puder dizer, haja vista que as informações até aqui, salvo melhor juízo, não conduzem a isentar o motorista, exceto quanto ao dolo, ainda se poderia dizer, para refutar qualquer fala, que o ciclista pedalava em marcha-ré, em alta velocidade, sem cinto de segurança e colidiu com a Mercedes Maclaren, quase a destruí-la e feriu Thor, o Deus Terráqueo, nas mãos.

Neste caso, além de consertar a “máquina” e reembolsar pelos gastos com os ferimentos nas mãos (danos materiais) deve a família do morto indenizar Thor e sua família, pelos danos morais provocados à imagem.

Outra forma de examinar-se o caso será a intervenção da OAB (autarquia especial com amplas garantias que a simples inadimplência de suas contribuições, por parte do advogado, o impossibilita de concorrer a cargos eletivos - ficha limpa) no processo e/ou a Defensoria Pública e o Ministério Público, sem qualquer provocação, afinal este último, p.ex., pode agir como “custos legis”, ou seja, fiscal da lei.

E não se deve esquecer também que em razão dos fatos e da repercussão do caso, induvidoso que existe interesse público a ser tutelado.

Não se pode imaginar como alguém a pedalar de costas para o veículo atropelador, mesmo que sob efeito de álcool, possa provocar acidente de tamanha proporção.

E ninguém viu o acidente?????

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