
E nestes últimos dias que antecedem a chamada grande festa da humanidade renas, duendes, elfos e toda a galera da produção de brinquedos e de graças para o próximo ano estão a todo vapor.
Todavia, quem é este sujeito gorducho e de barba branca enorme que jamais esteve triste (os chamados paparazzi ainda não conseguiram fotos, filmes que provem o contrário).
Para se obter as informações conseguiu-se interceptar, por meio de gravação ambiental com os pássaros, em verdade os patos, que migram, neste mundo de Deus, a partir de novembro e prolonga-se até abril, em busca de temperaturas mais amenas.
Em sua trajetória os patos voam em V, o que lembra um clube muito importante do Brasil, modéstia à parte, o Vitória. E isto é apenas o começo nas coincidências.
Um pato não conseguiu voar.
O Pato Donald dormiu um pouco mais, tentou sair, mas a porta estava fechada. Seus sobrinhos Zezinho, Huguinho e Luizinho, que voavam para bem longe, é da natureza, trancaram a porta por fora. E o grande Donald não possuia a chave. Quando conseguiu abrir todos voavam fazia algum tempo.
E quem conhece o Pato famoso pode imaginar a fúria do sujeito, com sua “voz” quase inaudível.
Qua, qua, qua, qua, qua. Estou furioso.
E os patos Zezinho, Huguinho e Luizinho voavam em sua migração habitual. Em dado instante, lembraram que o Natal aproximava-se. Pouco mais velhos (nestas estórias os personagens infantis não envelhecem) jogavam conversa fora sobre o Papai Noel e se conseguiu “pegar” um pouco dessa conversa que planava pelos ares.
Disse Huguinho, com voz sadia, “o Bom Velhinho tem como origem na inspiração de um Bispo turco de nome Nicolau, nascido em 280 d.C.” Verdade, disse Luizinho, o bispo “boa praça”, costumava ajudar pessoas humildes e necessitadas. Cara, ele deixava saquinhos de moedas pertinho das chaminés das casas, naqueles longínquos lugares gelados e sem se identificar.
E tem mais, comentou Zezinho, após muitos relatos de suas bondades e milagres a Igreja Católica o transformou em São Nicolau. Cara o homem “virou” santo, qua, qua, qua. Olha só, somente na Alemanha é que se associou o nome de São Nicolau ao Natal. Pouco depois se espalhou pelo mundo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
Qua, qua, qua, estufou o peito Huguinho. Aprendemos a chamar Papai Noel em vários idiomas, pois somos patos do mundo. Você quer aprender? Lá vai. Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal), POrtugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).
No início o Bom Velhinho usava roupas com cores que tendiam mais para o marrom e costumava usar uma coroa de azevinhos na cabeça, mas não havia um padrão. Pelo menos é o que consta das gravações.
Ocorre que pelos “idos” de 1886 o cartunista alemão Thomas Nast idealizou a roupa vermelha. O sujeito conhecia. Um visionário. É que pouco depois, em 1899, nasceria um dos maiores clubes brasileiros, o Esporte Clube Vitória. A partir daí, para homenagear o grande clube, colocou-se as botas e cinto pretos. No sapatinho. Sem exageros, está nas gravações.
O tempo passa, o tempo voa e a inspiração de São Nicolau continua numa boa. Os patos voaram.
Quem voará agora é São Nicolau, Santa Claus, Weihnachtsmann, escolha o nome que quiser, e as renas estão prontas, os duendes e elfos construíram todos os sonhos, brinquedos reais e imaginários. Em troca, a sua ética, seu despreendimento aos valores materiais.
Saber que não vale a pena construir fortunas sem valores morais. Que vale ganhar, porém não à custa de sofrimento de outros, a quem, demais das vezes, ainda se pode chamar de amigo.
Não é festa de um dia, uma semana e mesmo de um mês. Por que não é uma festa. É um sentimento. E sentimento é o ano todo, senão se torna hipocrisia.
Quando se lastra a vida pelo querer mais, sem ética, sem moral, pouco se importando se a quem lidera, mesmo que de forma mediata, agiu contrariamente a ética e a moral, e, ainda, que se sujeita a tudo como meio para se atingir o fim do vil metal, que deixou de ser moeda, como disse Friedrich Nietzsche, para se tornar apenas metal, Papai Noel chora. Eles, os patos, afirmaram terem visto Santa Claus chorar copiosamente. Os registros das imagens "grudaram em suas retinas". Mas ninguém filmou ou fotografou.
Está na gravação dos patos.
E os tempos são de reflexão.
Quando se lastra a vida pelo querer mais, sem ética, sem moral, pouco se importando se a quem lidera, mesmo que de forma mediata, agiu contrariamente a ética e a moral, e, ainda, que se sujeita a tudo como meio para se atingir o fim do vil metal, que deixou de ser moeda, como disse Friedrich Nietzsche, para se tornar apenas metal, Papai Noel chora. Eles, os patos, afirmaram terem visto Santa Claus chorar copiosamente. Os registros das imagens "grudaram em suas retinas". Mas ninguém filmou ou fotografou.
Está na gravação dos patos.
E os tempos são de reflexão.
Esta foi a mensagem de São Nicolau. E está presente.
Bela mensagem. Há algo mais no Natal, mas que não deve ficar só no Natal. Concordo.
ResponderExcluirO mais importante é a solidariedade. Nâo há nada na riqueza conquistada a qualquer custo.
ResponderExcluirÓtimo texto. Deve haver mais respeito com as pessoas durante todo o ano e não apenas no Natal.
ResponderExcluirSignificativas palavras. As pessoas precisam aprender que fazer o bem não é só no Natal.
ResponderExcluirMuito boa a história do Papai Noel. Legal colocar os patos para falarem. Fica bem diferente e gostoso de ler.
ResponderExcluirConcordo com você Carla. Adorei a forma como a história do papai noel foi contada
ResponderExcluirO melhor de tudo é que toca no ponto frágil: a hipocrisia. Muitas vezes as pessoas falam umas das outras, e mal, e no Natal são beijinhos pra ca e beijinhos pra lá.
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