quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cotas para negros nas universidades – contra ou a favor


Deve ser hoje um dia histórico hoje. O Supremo Tribunal Federal julga a partir das 14 horas a constitucionalidade da reserva de vagas em universidades públicas por meio das cotas raciais e a ação que contesta o perfil do estudante apto a receber bolsas do Programa Universidade para Todos (Prouni).

A ação em desfavor das cotas foi movida contra a UnB – Universidade de Brasília pelo DEM, que alega que a medida fere o princípio constitucional da igualdade nas condições ao acesso ao ensino superior.

Há os que defendam e outros condenem.

De um lado os defensores afirmam que, "O sistema de cotas da UnB é uma ação emergencial para recuperar as condições históricas de preconceito com essa população. Estamos contribuindo para que o Brasil sinta orgulho em falar que tem negro na universidade, na ciência, e não só na música e no futebol", diz o professor Nelson Fernando Inocêncio da Silva, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UnB.

Contrário ao sistema adotado pela UnB, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e docente de Antropologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, João Batista Borges Pereira, defende que a política de cotas sociais - voltada para alunos de baixa renda e de escolas públicas - é mais eficiente para resolver a "disparidade de condições" no acesso ao ensino superior do que cotas raciais. "Sou favorável à cota social porque ela beneficia o negro, que hoje não tem acesso ao ensino no Brasil não pela sua cor, e sim porque é pobre".

O pensamento é livre, vedado o anonimato. Vamos aguardar o que pensam, em sua maioria, nossos Ministros do STF, lembrando que o clima não é dos melhores, atualmente, pois Pelluzo e Joaquim Barbosa falaram pelos cotovelos, um do outro, e muito mal.

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